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Neurociência e o poder da linguagem!

Era inacreditável, pura magia.

Ainda me lembro de quando conheci e comecei meus primeiros estudos sobre PNL no inicio da década de 90. A paixão e fascinação cresciam ano após ano e ainda no final dessa década terminei a minha formação avançada, tornando máster e trainer em PNL – Programação Neurolinguística. Um sonho havia sido realizado, mas um sentimento de insatisfação acompanha a alegria do êxito. Somente após alguns meses percebi que o não havia chegado ao final de minha formação, com todo aquele conhecimento era apenas o inicio do caminho. A jornada em busca de respostas cientificas que explicavam as técnicas extraordinárias, estava apenas começando. Sendo médico e tendo uma formação cientifica clássica, era muito complicado para mim, apesar da grande competência dos diversos instrutores que contribuíram para a minha formação, ouvir respostas como: é assim que funciona, e funciona, só não sabemos exatamente porque. Nessa época estava sendo estruturada o primeiro curso de mestrado com ênfase em PNL, na UNICAPITAL com a coordenação do Prof. Dr. Henrique Perigalli em parceria com a SBPNL ( Sociedade Brasileira de Programação neurolinguística com o comando de Gilberto Cury) que forneceria o conteúdo programático. Fui convidado pelo Prof. Henrique para Coorientar as teses que seriam desenvolvidas por nossos alunos do mestrado. Esse curso era denominado “Mestrado em Valores Humanos com ênfase em PNL.” Seria o primeiro curso “strito senso” na America Latina sobre PNL. Infelizmente um trágico acidente nos privou da coordenação e orientação de Henrique, iniciando o processo de encerramento do curso. A ausência do amigo e mentor me fez colocar meu cargo a disposição e aceitei um convite do Prof. Dr. Jose Roberto Leite precursor da Medicina Comportamental no Brasil a criar um grupo de estudos de PNL, dentro do departamento de Psicobiologia da UNIFESP- Universidade Federal de São Paulo – antiga Escola Paulista de Medicina. Nessa época 2001 se iniciava o curso de pós-graduação em Medicina comportamental, não mais como uma extensão, mas sim como especialização. Comigo estava o Prof. Dr. Jose Carlos Mazzilli, um profundo conhecer da PNL que já naquela época falava sobre a PNL sistêmica. A dificuldade de criar uma metodologia cientifica que possibilitasse a evolução dos estudos acadêmicos inviabilizaram a maioria das linhas de pesquisa. Surge então a possibilidade de reposicionar a conceito da PNL, que havia sido muito desgastada na década de 90 e já caia em descrédito principalmente para o mundo acadêmicos e corporativo. Numa matéria de capa da Revista VENCER em abril de 2002, o título era: A hora e a vez da programação neurolingüística comentando sobre a chegada da PNL numa universidade de ponta como a UNIFESP, sua importância como ferramenta de desenvolvimento humano.

Os entrevistados foram prof. Dr. Jose Roberto Leite (Coordenador da Medicina Comportamental), Fernando Dalgalarrondo(Psicólogo) e Joseraldo Furlan (Dr. Jô Furlan). Tendo esclarecido muitos dos mitos sobre o tema e lançando uma nova credibilidade sobre o assunto, prevíamos que isso poderia resultar numa nova explosão da PNL no Brasil, e assim ocorreu. Agora com maior credibilidade, já fazendo uso de muitos argumentos técnicos da própria terapia cognitivo-comportamental e da hipnose clinica que havia recebido uma grande atenção do mundo cientifico com resultados cada vez mais respeitados, a PNL se reafirmou, cresceu e expandiu.

Com isso compartilho com você um breve histórico da busca incessante pela pesquisa e o desenvolvimento de bases cientificas da PNL que eu muitos outros colegas fizemos, naquela época. Mas o novo milênio trouxe gratas surpresas aos apaixonados pelo assunto. A evolução da tecnologia de pesquisa em relação a questões do cérebro, fez da neurociência um dos destaques da primeira de cada do terceiro milênio. Novas descobertas permitiram um novo olhar sobre diversos temas entre eles a PNL.

Nos exercícios praticados observávamos que mesmo pequenas mudanças em submodalidades eram capazes de alterar completamente o registro histórico que um individuo tinha sobre certo evento de sua vida. Mas como isso era possível? Afinal existia uma programação genética que estabelecia um padrão básico de operação cerebral. Os neurônios eram os mesmos e com o passar do tempo apenas diminuíam em numero e funcionalidade. Como então explicar técnicas como resultavam em ressignificação de eventos, mudança de história de vida, cura rápida de fobias além de tantas outras estratégias neurolinguísticas. Pessoas que haviam feito tratamento muitas vezes por anos com abordagens tradicionais encontravam o equilíbrio e bem-estar através de técnicas efetivas e muitas vezes rápidas. A seriedade da PNL se viu questionada muitas vezes devido a sua eficácia, seu pragmatismo e assertividade. Era um processo nada analítico e extremamente eficiente. Como toda nova técnica levantou suspeitas e viu argumentos questionados. É importância de ressaltar que infelizmente em todas as áreas encontraremos uma grande maioria de profissionais sérios e bem capacitados e outros com condutas questionáveis e ate mesmo irresponsáveis. Esse foi outro desafio para a minha formação médica, pois como profissionais treinados (médicos e psicólogos), somos responsáveis juridicamente por nossos atos, e nesses últimos 13 anos vi abordagens sendo utilizadas baseadas num “achismo” assustador. Felizmente a ciência vinha ao nosso auxilio. Surge um novo conceito que poderia explicar parte do que de fato acontece em nosso cérebro durante uma técnica de PNL. A plasticidade cerebral trouxe respostas para muitas destas perguntas que anteriormente eram respondidas com: é assim e ponto. Funciona, mas não sabemos como e assim por diante.

“Plasticidade cerebral é a denominação das capacidades adaptativas do SNC – sua habilidade para modificar sua organização estrutural própria e funcionamento. É a propriedade do sistema nervoso que permite o desenvolvimento de alterações estruturais em resposta à experiência, e como adaptação a condições mutantes e a estímulos repetidos.”

Dessa forma compreendemos como boa parte das técnicas de programação neurolinguística tem sua ação. O cérebro não é fixo e estático. Ele é dinâmico e extremamente ativo e estimulável. Um numero quase incalculável de reações eletroquímicas ocorre neste exato momento em seu cérebro, relacionados a sua cognição, memória, respiração, vinculo emocional da experiência humana, ver, ouvir, movimentar-se entre tantos outros. Não é ao acaso que o quadro de morte cerebral de um paciente, define o momento de doação de órgãos. Ainda existe um corpo, mas aquela pessoa acaba de morrer. Ela não pensa, não sente, nenhuma atividade é observada no seu córtex cerebral. Lembre-se que Somos aquilo que acreditamos ser, e suas crenças centro controlam sua vida.

Quando praticamos uma técnica que cria novas conexões ou mesmo interfere de forma eficaz nas conexões antigas de seu cérebro, surge uma nova realidade, uma nova historia, uma nova percepção sobre a realidade. Alguns cientistas chegam a contestar o que chamamos de realidade, afirmando que o que de fato existe é apenas a percepção que depende que cada indivíduo. Cada um de nós é único e podemos perceber as coisas de forma parecidas, mas jamais de forma igual.

Se você ainda tinha duvida, sobre as bases científicas dos processos que envolvem técnicas cognitivo-comportamentais como a PNL, espero que a partir de agora você possa encontra algumas repostas. Acredito que com a evolução continua dos métodos de pesquisa ligados ao cérebro, teremos cada vez mais informações que expliquem de forma detalhada a eficácia desses processos. A neurociência evolui dia-a-dia numa velocidade espantosa, deixando para traz velhos tabus e abrindo um universo de possibilidades no que diz respeito a funcionalidade cerebral.

O neurocientista Michael Merzenich afirma que:

O cérebro é feito para mudar!

Utilizando conceitos como esse podemos perceber a importância dos processos de aprendizagem, modelagem, estratégias de formulação de objetivos. Podemos com a PNL reforçar o conceito de “aprendendo a aprender”, por isso fica mais evidente para mim a necessidade da utilização de alguns conceitos básicos na educação de um modo geral. Infelizmente observo que a evolução dos processos pedagógicos ainda encontra resistência dentro de muitas escolas universidades e do próprio meio acadêmico que forma esses profissionais. E necessário que possamos aprimorar a forma com que comunicamos as informações, simplesmente porque existem pessoas mais visuais, mais auditivas ou mais sinestésicas. Respeitar suas características e estimular o desenvolvimento dos demais sistemas representacionais também deve fazer parte do processo de educação.

Temos a responsabilidade com a formação de novas gerações que possam aprender – crescer e mudar percebendo que isso faz parte do caminho normal do aprimoramento humano. O estimulo continuado e de formas diferentes, cria novas conexões neuronais em nosso cérebro, tornando mais ativo, mais vigoroso e capaz. Pesquisas recentes demonstram que treina seu cérebro ajuda na prevenção de diversas doenças entre elas o Mal de Alzheimer. A plasticidade cerebral “Permite-nos fazer coisas amanha que hoje ainda não são impossíveis!”

Muitos dos segredos (modus operanti) da PNL começaram a ser decifrados apenas recentemente, devido ao avanço tecnológico das pesquisa neurocientificas. Agora entendemos melhor o que acontecesse e como acontece quando aplicamos as técnicas de PNL. Compreendemos que sim podem ser explicados o porquê de resultados tão surpreendentes.

Nos últimos anos me dediquei a desenvolver da liderança comportamental (autoliderança com foco em resultados) e a teoria da inteligência comportamental humana – a inteligência do sucesso, onde foi estabelecido de fato uma nova visão sobre o tema. Seu foco é a capacidade que cada indivíduo tem de realizar o que deseja. Quanto mais realizador, mais IS ele tem.È uma inteligência que pode ser aprendida e desenvolvida. Assim como a PNL deriva de conceitos ligados a tecnologia, essa teoria se baseia em princípios da IA(inteligência artificial). Ensinar uma máquina a tomar decisões baseadas no resultado que deseja. Então definimos que:

Sucesso: é realizar o que você deseja

Inteligência: tomar a decisão, fazer a escolha do caminho que leva você a realizar o que deseja.

Esses conceito e algumas outras teorias fazem parte de algo maior que chamo de tecnologia comportamental.

Em meu livro Inteligência do Sucesso – a nova inteligência que explica a ciência do sucesso, explico a essência dessa teoria baseada em 10 anos de pesquisa sobre padrões comportamentais de excelência e sucesso. Parafraseando o grande Henry Ford:

“O insucesso é apenas oportunidade começar de novo de uma forma mais inteligente.”

A PNL evolui, cresceu e com explicações neurocientíficas encontrou um novo posicionamento no mercado. O patinho feio se transformou num maravilhoso cisne branco (metáfora bem apropriada e ferramenta que tem sido muito utilizado e difundido pela programação neurolinguística). Hoje já existem inúmeras teses em universidades de vários países com temas variados baseados em seus pressupostos e técnicas. Ela tem sido cada vez mais respeitada, usada e ensinada mundo afora. Trouxe conceitos comportamentais que tem transformado vidas, empresas e corporações.

Afinal:

“Nós somos aquilo que repetidamente fazemos. A excelência portanto não é feito, é um habito.” Aristóteles

Escolha buscar a excelência e o bem-estar e encontrara na PNL uma extraordinária ferramenta comportamental para atingir seus objetivos.

O Sistema do Prazer, as Drogas e a Sociedade

 

O Sistema do Prazer, as Drogas e a Sociedade

Silvia Helena Cardoso, PhD e Renato M.E. Sabbatini, PhD
A busca constante por estímulos prazerosos, como alimentos saborosos, uma cerveja geladinha e a relação sexual excitante, está associada a um “sistema cerebral de recompensa”, assim denominado pelo neurobiólogo americano James Olds nos anos 60. Trata-se de uma complexa rede de neurônios que é ativada quando fazemos atividades que causam prazer. Este sistema nos fornece uma recompensa sempre que fazemos determinadas atividades, levando-nos, portanto, a repetir aqueles atos. Biologicamente, ele tem uma função específica e essencial: garantir a sobrevivência do indivíduo e da espécie, ao dar motivação para comportamentos como comer, beber e reproduzir-se.

Infelizmente, não somente as funções fisiológicas normais estimulam este sistema, mas também o fazem o álcool e outras drogas de abuso, e as vezes gerando um prazer muito mais intenso do que as funções naturais.

Como afirmam os autores do artigo Abuso de Drogas desta edição: “quando uma pessoa usa uma droga psicoativa e o efeito por ela produzido é de alguma forma agradável, este efeito adquire o caráter de uma recompensa”. De fato, estudos experimentais comprovam que todos os comportamentos que são reforçados por uma recompensa tendem a ser repetidos e aprendidos. Estudos mais recentes demostraram que o sistema de recompensa é subjacente a drogas como morfina, heroína, cocaína, álcool e até mesmo a nicotina do cigarro.

Embora possa provocar inicialmente euforia e bem-estar, dando aos drogaditos uma falsa idéia de efeito benéfico, a influência das drogas sobre o sistema de recompensa, ao tornar-se crônica pela repetição do uso, acaba conduzindo a um poderoso e inescapável ciclo de adição, muitas vezes danificando o cérebro e outros órgãos.

Se pensarmos bem, este fato biológico está por trás de uma infinidade de dramas pessoais e sociais e uma modificação talvez irreversível das sociedades, que sofrem pesadamente com o domínio ilícito das atividades de exploração econômica da drogadição. Nos EUA, por exemplo, estima-se que 63% (1) de todas as atividades criminosas, de roubos a assassinatos praticados por gangues e traficantes, e um número incontável de mortes e doenças, são causadas direta ou indiretamente pelo uso de drogas de abuso por uma parcela relativamente pequena da população. Em países como a Colômbia, e nas grandes cidades do Brasil, estas estatísticas podem ser ainda piores. É, sem dúvida uma epidemia assustadora, e a maior tragédia desse final de século.

Por isso, é tão urgente a compreensão dos mecanismos cerebrais da drogadição pela neurociência. Por que ela ocorre? Como bloquá-la?

O objetivo dos experimentos nos quais alguns cientistas estão engajados é descobrir a natureza química dos sistemas mediadores da recompensa. Também nesta edição, no artigo “A Síndrome da Deficiência da Recompensa“, são apresentados os mecanismos cerebrais deste sistema intrigante, as causas e consequências de sua deficiência e uma breve explanação de escassas tentativas terapêuticas para o fenômeno da adição.

Um dado curioso que emerge das diversas pesquisas nesse campo é que a ação de quantidades minúsculas da droga que chegam ao cérebro, alteram de forma  poderosa o comportamento, ao mexerem com os mecanismos normais da neurotransmissão. Uma descoberta fundamental, na década dos 60s, posteriormente confirmada para muitas outras drogas, é que nosso cérebro tem neurotransmissores com estrutura química semelhante às drogas de adição (como as endorfinas, literalmente, morfinas endógenas!) e receptores químicos nas membranas que reagem especificamente às drogas circulantes.

Portanto, o segredo da compreensão do controle das funções cerebrais na drogadição está principalmente em entender os nossos processos químicos de informação. Se pudermos entender como estes sistemas interagem para produzir estes comportamentos, e se soubermos o suficiente sobre  a neuroquímica, poderemos eventualmente intervir e bloquear ou corrigir as alterações.

Mas isso não é tudo. Precisamos também entender melhor os mecanismos psicológicos individuais e sociais que estão por trás do fenômeno da drogadição. Afinal, todos nós temos esses sistemas cerebrais, neurotransmissores e receptores, mas apenas alguns de nós sucumbem ao abuso de drogas.

Estas são questões-chave para o Milênio que se aproxima, e que nós, da Revista “Cérebro & Mente”. queremos entender e ajudar a divulgar.

FONTE: http://www.cerebromente.org.br/n08/editorial08-recompensa.htm

 

Os Prof. Dr. Renato Sabbatini e a Prof. Dra. Silvia Helena Cardoso são membros do conselho Cientifico da Univiversidade da Inteligencia e Professores do P.E.N.C.A.T. – Programa Especial  de Neurociencias do Comportamento aplicada a Treinamento, educação e gestão de pessoas.

O que diz a Ciência do bem-estar

Uma pesquisa encomendada pela Johnson & Johnson ao Ibope revelou a opinião dos brasileiros acerca das demonstrações de carinho.O levantamento que contou com dois mil entrevistados, mostrou que 62% da população considera o afeto importante em suas vidas.

Além disso, o brasileiro descreve o carinho é como amor (43%), atenção (19%) e afetividade (13%). “Quando se associa às palavras amor, atenção e afetividade como foi mostrado nesta pesquisa do IBOPE, a pessoa entende que carinho é a manifestação concreta de tudo isso, desse sentimento genuíno em relação à outra pessoa. Foi muito interessante constatar que o brasileiro tem absoluta clareza sobre estes sentimentos”, afirma o Prof. Dr. José Roberto Leite, coordenador da Unidade de Medicina Comportamental, do Departamento de Psicobiologia  da Universidade Federal de São Paulo – Unifesp e fundador do CEMCO – Centro de Estudos em Medicina Comportamental, que analisou a pesquisa.

Como esperado, as mulheres são mais carinhosas (69%) do que os homens (54%).  Por outro lado, são os homens que sentem mais falta de carinho (30% contra 26% das  mulheres). “Há um aspecto sociocultural que temos que considerar, pois para o homem é mais difícil vencer o preconceito em assumir que o carinho é importante para sua vida”, explica Leite. Mas uma boa parcela da população brasileira ainda se sente carente. Enquanto 35% afirmaram que receberam muito carinho em suas vidas, 28% declararam não ter recebido. Já 21% dos brasileiros disseram não ter manifestado carinho a ninguém. “A correria do dia a dia, estilo de vida, entre outros fatores estressantes, podem ter influenciado este resultado”, comenta.

Se o carinho é muito relevante, o dinheiro não ocupa a mesma posição: apenas 28% disseram que o dinheiro é muito importante na vida. “Isso confirma os dados da literatura científica de que não há uma relação direta entre poder econômico e felicidade. Por exemplo, no ranking dos países mais felizes do mundo, a Indonésia, um país com poucos recursos, ocupa o primeiro lugar da lista”, explica.

Já no âmbito familiar, mais de um terço da população acredita que atualmente existe mais carinho na família do que antigamente. “O relacionamento nas famílias era “um tanto frio”, distante, sem muito afeto. Éramos criados para ficar quieto e respeitar o mais velho. E isso nos condicionava a não expressar o que sentíamos. Acabávamos trocando o afeto por desempenho. Esse era o padrão cultural daquela época. Hoje a relação entre pais e filhos é muito mais próxima e aberta”, lembra o Prof. Dr. José Roberto Leite.

Em contrapartida, no ambiente social 77% declararam que há menos carinho no mundo. Dentre os motivos que levam os brasileiros a acreditar que existe menos carinho no mundo atualmente, destacam-se o egoísmo (46%), o trabalho em excesso (13%) e o medo das pessoas em expressar os seus sentimentos (13%). “A competitividade é um dos principais fatores que resultam em egoísmo”, afirma o Prof. “Em tudo temos que mostrar nossa eficiência e ficamos muito tempo ocupados com isso. Seja a concorrência no trabalho, na escola, em todas as ocasiões estamos sempre competindo e temos que ser melhores que os outros”, ressalta.

Quando perguntados se estariam propensos a ajudar um desconhecido, 29% se mostraram disponíveis enquanto 32%  não demonstraram a mesma predisposição. Para Leite, o resultado é bastante positivo, uma vez que mesmo com a violência crescente, boa parcela da população ainda está disposta a ajudar um desconhecido. “Isso é muito interessante. Isso se correlaciona seguramente com o aspecto do carinho e amor”, afirma.

Ciência do bem-estar

A busca pelo bem-estar geral, que passa pelo bom relacionamento humano, continua interessando muito o meio acadêmico e a equipe do Prof. José Roberto Leite, que está prestes iniciar uma pesquisa clínica que pretende avaliar cientificamente tudo isso. “Entre outros fatores, estudaremos a estratégia que chamamos de gestão de vida, que é um procedimento no qual a pessoa é treinada a certas ações para comandar de fato sua vida como um todo, percebendo-a em diversos segmentos: o aspecto financeiro, as relações humanas, o desenvolvimento pessoal (psiquico e físico)”, explica.
“Primeiro aprenderá a estratégia de gestão da própria vida, entenderá o conceito de alguns exercícios práticos que depois os adaptará de acordo com seu jeito. Depois, uma série de ações para gerenciar o aspecto emocional, da relação que em geral leva o indivíduo a muito sofrimento. O objetivo é promovermos o bem-estar nas pessoas e há técnicas para isso”, finaliza comentando que eles já possuem estudos empíricos que provaram a eficácia de técnicas como esta.

 

http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/28-da-populacao-brasileira-afirma-nunca-ter-recebido-carinho-na-vida/63603/

Prof. Dr. Jose Roberto Leite foi um dos mentores das ideias que geraram o conceito da Inteligência Comportamental Humana e da Liderança Comportamental. Integra também o grupo de   Professores do P.E.N.C.A.T. – Programa Especial  de Neurociencias do Comportamento aplicada a Treinamento, educação e gestão de pessoas.

 

 

ATIVIDADE FÍSICA E PRÁTICA INTELIGENTE

Por Meg Mendonça

 

Na atualidade não se discute mais a importância do movimento na vida do ser humano através da prática sistemática de uma atividade física, objetivando a manutenção da saúde tanto física quanto mental. As academias encontram-se repletas de alunos sedentos pela prática de uma atividade física que possa colocá-los “em forma” e, de certa forma, desligá-los de seus problemas cotidianos.

A cada dia que passa, o cardápio de atividades apresenta novidades, aumentando o leque de ofertas, todas com o objetivo de conquistar adeptos por meio de estratégias técnicas e motivacionais.

A prática da atividade física deve ser feita de forma inteligente e sistemática. Inteligente porque devemos ter objetivos definidos que possam direcionar as atividades que optaremos por praticar; sistemática porque devemos fazê-la com método e perseverança, buscando resultados que propiciem melhor qualidade de vida.

O próprio senso autocinético do corpo cria em nós a tendência de treinar mais e melhor as capacidades bem desenvolvidas, bem como de evitar as que merecem maior atenção e requerem mais cuidados.

Reduzir as limitações e ampliar os potenciais do movimento são importantes objetivos capazes de manter atualizadas as condições do corpo em suas necessidades, atendendo à diversidade de corpos e minimizando os efeitos das nossas tendências individuais (TODD citado em MARKONDES 2003).

Primeiramente, devemos agir de modo criterioso em nossa escolha, procurando as atividades que se adaptem  aos nossos objetivos, às nossas limitações e ao nosso gosto, pois a prática deve ser feita também de forma prazerosa.

Para ser considerado ideal, um programa de treinamento deve ter como base quatro pontos fundamentais:

1- Trabalho aeróbio: caminhada, corrida, ciclismo etc., objetivando a melhora dos sistemas cardiocirculatório e pulmonar, além de perda de peso.

2- Trabalho de tonificação muscular: musculação e exercícios localizados, objetivando aumento da massa muscular e maior estabilidade do sistema ósseo.

3- Trabalho de alongamento, objetivando a obtenção de maior flexibilidade das articulações, elasticidade da musculatura, equilíbrio do tônus entre parte anterior e posterior do corpo (eutonia) e melhora da postura.

4- Trabalho complementar: prática de esportes, dança, lutas marciais, e atividades afins, objetivando aumento da coordenação motora, aprimoramento dos movimentos, memória motora, noção espaço-tempo etc., aspectos importantíssimos na relação corpo–mente.

O programa ideal deve seguir os parâmetros acima citados, com especial ênfase nos pontos que o indivíduo mais necessita ser trabalhado. Entre os quatro parâmetros, atualmente a flexibilidade já assume posição de destaque, uma vez que as aulas de alongamento estão sempre cheias, demonstrando a considerável conscientização dos alunos quanto aos benefícios obtidos por  um trabalho de flexibilidade e sua importância dentro dos programas de condicionamento físico.

 

Mestre em educação física pela USP, Bailarina profissional, corepografa, criadora do método RP2, criadora do método Powet Stretch Dance, “A dança do fitness à arte”. Atuora do livro: método de alongamento RP2 – Ciência e poesia, coautora do livro “Ser + Saudável e melhorar seu Bem estar”. Docente dos Cursos de pós graduação em Dança e Personal Training. Coordenadora do programa de Inteligência corporal RP2 na Universidade da Inteligência.